Afinal, o que é autonomia? Uma visão segundo familiares e cuidadores de crianças e adolescentes acompanhados em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil
DOI:
https://doi.org/10.29327/269776.2.4-4Palavras-chave:
Autonomia pessoal, Saúde mental, Saúde do adolescente, Terapia ocupacional, Sistema Único de SaúdeResumo
Introdução: A partir dos anos 70, movimentos como a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e as reformas na saúde mental levaram à criação dos Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenis (CAPSi), focados na substituição do cuidado manicomial. Esses centros utilizam o Projeto Terapêutico Singular (PTS) para promover a autonomia dos usuários, tendo a Terapia Ocupacional desempenhando um papel crucial na promoção da participação e qualidade de vida. Objetivo: Investigar o entendimento sobre o tema autonomia que os pais e cuidadores têm em um CAPSi do interior do estado do Rio Grande do Sul. Métodos: Trata-se de uma pesquisa-ação, seguindo um modelo qualitativo, e classifica-se de acordo com seus objetivos como descritiva e exploratória. Resultados: O estudo contou com a participação de sete familiares e cuidadores, divididos em dois grupos focais. Os resultados destacaram a relação da visão de autonomia com atividades de vida diária e atividades sociais, a dificuldade no ensino de habilidades inerentes ao processo de autonomia, o estigma como presença constante na vivência das crianças e adolescentes e sua interferência negativa no ganho de autonomia e no aprendizado. Conclusão: Constatou-se que a autonomia é associada a atividades realizadas de forma independente e envolve aspectos cognitivos, afetivos e contextuais. Destacou-se a necessidade de maior atenção à voz da população infantojuvenil nas pesquisas, além da importância de ser reafirmado o uso de ferramentas históricas como o Projeto Terapêutico Singular (PTS) nos serviços de saúde mental.
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